Teoria Socio Cultural
Portanto, as habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são determinadas por fatores congênitos. São isto sim, resultado das atividades praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se desenvolve. Este processo é fundamental para a interiorização do conhecimento – ou transformação dos conceitos espontâneos e científicos – através do processo de tornar intrapsíquico o que antes era interpsíquico. Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão determinar sua forma de pensar (FERRARI, 2010)
O mundo não é uma realidade estática, ela é dinâmica, pois no contexto dialético, também o espírito não é consequência passiva da ação da matéria, podendo reagir sobre aquilo que o determina. Isso significa que a consciência, mesmo sendo determinada pela matéria e estando historicamente situada, não é pura passividade: o conhecimento do determinismo liberta o homem por meio da ação deste sobre o mundo, possibilitando inclusive a ação revolucionária (FERRARI, 2010b).
A partir de suas pesquisas, Vygotsky constata que no cotidiano das crianças, elas observam o que ou outros dizem, porque dizem o que falam, porque falam, internalizando tudo o que é observado e se apropriando do que viu e ouviu. Recriam e conservam o que se passa ao seu redor. Em função desta constatação, Vygotsky afirma que a aprendizagem da criança se dá pelas interações com outras crianças de seu ambiente, que determina o que por ela é internalizado (FERRARI, 2010b; SANTOS, 2005).
Após a década de 70, a obra vygotskiana ultrapassa a barreira política-ideológica, penetrando nos países além das fronteiras da União Soviética, com isso Vygotsky ressurge no ocidente, e continua sua influência até os dias de hoje (FOSNOT, 1999, p. 38).
Fonte:http://www.portaleducacao.com.br
Fonte da Imagem: http://2.bp.blogspot.com
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