domingo, 29 de maio de 2016

Teoria das Inteligências Múltiplas

 

Fonte Imagem: http://aprenderespecial.blogspot.com.br/

No início dos anos oitenta, na Universidade de Harvard, Estados Unidos, Howard Gardner , formado no campo da psicologia e da neurologia, cientista, causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas. Até essa data o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI, criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911) a pedido do ministro da Educação de seu país. O QI (quociente de inteligência) media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico-matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas. 

Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do trabalho dos gênios.Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com lesões e disfunções cerebrais,  e no  mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes. 

A primeira implicação da teoria das múltiplas inteligências é que existem talentos diferenciados para atividades específicas.O que leva as pessoas a desenvolver capacidades inatas são a educação que recebem e as oportunidades que encontram. Para Gardner, cada indivíduo nasce com um vasto potencial de talentos ainda não moldado pela cultura, o que só começa a ocorrer por volta dos 5 anos. Segundo ele, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito nivelador de grande parte das escolas. Preservá-las já seria um grande serviço ao aluno.


Os anos 1990 ficaram conhecidos como a década do cérebro graças aos novos procedimentos de visualização do interior do corpo humano e, principalmente, ao grande número de estudos desafiadores sobre o assunto. "A teoria das inteligências múltiplas não poderia ter ganho as mesmas diversidade e dimensão sem as admiráveis conquistas das ciências da cognição nesse período", diz Celso Antunes. Alguns dos cientistas que mais contribuições trouxeram à área foram António Damasio, Oliver Sacks, Joseph LeDoux e Steven Pinker. Entre as descobertas recentes que contrariam crenças antigas estão a de que o cérebro mantém o potencial de evolução durante toda a vida e que funções de regiões lesionadas podem ser assumidas por outras, se estimuladas. Apesar dos avanços, a mente humana continua a ser um vasto território a explorar. A intensificação das pesquisas faz prever muitas novidades para os próximos anos.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cientista-inteligencias-multiplas

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